quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Um novo nocaute do Motorocker.


O som do Motorocker contraria qualquer teoria e chega às massas. A banda tem público grande e fiel. Para se ter uma ideia, o grupo colocou o novo disco em pré-venda na internet e em lojas especializadas na semana passada. Nos dois primeiros dias, mais de mil discos foram vendidos.
A procura foi tão grande que a banda precisou segurar a venda para que sobrem discos físicos para o show de lançamento oficial, na noite do próximo sábado.
O segredo do sucesso está em cada uma das letras escritas por Marcelus dos Santos, vocalista e compositor da banda. Neste novo álbum e nos anteriores.
O Motorocker fala a mesma língua do seu público. As músicas são sobre mulheres tão bonitas quanto complicadas, patrões babacas, problemas com a justiça, tretas e bebedeiras.
“Nosso público é orgânico, feito de gente que vive no mundo real e não no mundo da fantasia”, explica o vocalista.
Com léxico e prosódia curitibanos, chegam a todas as regiões do país, dando voz àquele trabalhador fã de rock que mantém uma relação de cumplicidade com “malárias” como ele. Ou o advogado “harleyro” que ouvia Motörhead aos 15 anos.
“Nas minhas letras, falo das minhas histórias. Sem bancar um cara que eu não sou ou contar vantagem sobre coisas que eu não fiz. Hoje em dia, falar verdade é ser diferente”, filosofa Marcelus.
Projéteis como “Louco de Gole”, que lista a farmácia básica (“guaco”, “mentruz”, “sassafrás”) dos melhores botecos da cidade, ou “Curva de Rio”, de versos quais: “sei que sou tranquera demais e que bebo feito um ogro e não tenho hora para parar...”, são a prova em si mesmos.
Claro que há espaço para o romance, como em “Macho e Fêmea”, cheia de versos pungentes, como “Vamos gemer com ou sem dor/ Volúpia sexo bruto, meu amor...”.
“Eu tento falar de amor e sacanagem sem ser explícito, sem usar o golpe baixo do palavrão gratuito”, defende-se o compositor. “E falando de histórias verdadeiras. Até porque a mentira você tem de ficar lembrando e eu esqueço tudo. A verdade no ano que vem é a mesma coisa”, pondera.
“Hoje tem esses caras da ostentação que dizem que têm jato, que pegaram mil mulheres... Porra, na real, não é assim! Você se dá bem aqui, quebra a cara ali...”, conclui Marcelus.
Tropicalismo
A banda, que surgiu em 1993 como um tributo ao AC/DC, há muito anda com as próprias botas. A banda australiana, no entanto, segue como a principal referência de composição e arranjos.
No som há mistura de blues, hard rock, heavy metal. Riffs, refrões e solos. Baixo e bateria destrutivos. Tudo que uma banda pesada que merece o nome deve fazer.
O novo álbum tem nove músicas inéditas e três versões de clássicos do Motorocker. No conjunto, é a trilha sonora perfeita para “eventos-testosterona”, como lançamentos de filme pornô, campeonatos de UFC ou de arrancada, encontros de motociclistas e, claro, shows em inferninhos.
A faixa-título fala sobre a estranha condição de ser roqueiro no calor tropical brasileiro. “O homem é fruto do meio em que vive. Eu gosto muito de ser brasileiro, mas cresci olhando para o mundo. O rock é um estado de espírito. É uma coisa sem fronteiras”, divaga Marcelus.
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?id=1500990

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Um Pouco De História.

Motorocker, rock na veia e sangue nos olhos.


“Salve a malária!”. Qualquer fã de rock curitibano que se preze reconhece o refrão da canção da banda Motorocker. Após mais de 20 anos de estrada, o grupo tem conseguido se destacar no cenário nacional com uma bem sucedida turnê por todo o país e vem sendo apontado como uma das melhores bandas de rock and roll brasileiras, fato raríssimo para um artista de Curitiba.
A história
Motorocker surgiu no final dos anos 1980. No início, seu repertório era, essencialmente, cover. Em 1993 o grupo se tornou um Tributo à banda australiana AC/DC. Três anos depois, os irmãos Malcolm e Angus Young deram aos curitibanos o honroso título de “melhor cover do AC/DC no mundo”.
Após alguns registros fonográficos que não agradaram os integrantes, em 2006 eles finalmente gravaram o que consideram o seu primeiro álbum. “Foi tudo graças ao Luciano Haluch, um fã que, na época, tinha o selo Marhceco Records. Juntei músicas dos primórdios do Motorocker com outras mais recentes e gravamos o “Igreja Universal do Reino do Rock”, relembra o vocalista Marcelus.
Após esse debut oficial, com o reconhecimento do público e da mídia nacional aumentando, a banda partiu para a rotina vivenciada diariamente por qualquer artista em ascensão: fazer shows em todos os recantos do país. A turnê atual do grupo já passou por mais de 60 cidades, como Goiânia, Brasília e Joaçaba. Apesar de ser cansativa, a vida na estrada tem as suas compensações. “Receber um abraço e ouvir algumas palavras de um fã que está há mais de 2.000 quilômetros de sua cidade natal faz qualquer esforço valer a pena”, afirma.
O respeito dos fãs
O público curitibano, nem sempre receptivo com os artistas locais, acolheu o Motorocker de uma forma impressionante. “Receber o carinho e respeito das pessoas que reconhecem o seu trabalho é o melhor cachê que existe, seja em Curitiba ou fora dela. Nos sentimos muito valorizados, sim!”, diz o vocalista.
Aproximadamente 50 fãs, inclusive, fizeram tatuagens da logo do grupo em seus corpos. “O Motorocker está na alma, não só em minha tatuagem. A banda me trouxe grandes alegrias e amizades”, afirma Priscila Dienifer, fã do quinteto desde 2006.
Curitiba tem visto novas artistas surgirem a cada ano, em todos os estilos. Apesar disso, a dificuldade que eles encontram para conseguirem um maior destaque no cenário musical brasileiro é histórica. “A cena se tornou imensa, porém dispersa. A quantidade de bandas disparou! Claro que a qualidade dos trabalhos se tornará um divisor de águas entre elas, em um futuro breve, mas mesmo assim, o músico curitibano terá muitas adversidades a enfrentar”, analisa Marcelus.
Não é somente em sua terra natal que a banda é respeitada. Em uma votação popular realizada no ano passado por um site especializado em música, o grupo foi eleito, pela segunda vez, o melhor do rock nacional. Na categoria melhor vocalista, Marcelus conseguiu o segundo posto. “Temos os melhores fãs do mundo, e isso é nosso maior motivo de orgulho. Todos juntos formam um corpo vivo só, um exército rock and roll. Eles nos colocaram lá. Eles são nosso maior patrimônio”, agradece.
A discussão sobre a falta de apoio e de reconhecimento do público, em Curitiba, é um assunto polêmico. Viver de música, na cidade, envolve muitos riscos e obstáculos. “Tocar em uma banda não é pra qualquer um. Não sou melhor do que ninguém, não me interprete mal, digo isso porque estou nesse negócio há mais de 20 anos e já vi muitos abandonarem a estrada, mesmo quando estão ganhando grana e desfrutando de certos privilégios que esta vida nos dá”, afirma.
A estrutura da banda
Como uma grande parcela dos artistas nacionais, o Motorocker faz tudo de forma independente. A renda da banda vem da venda de produtos e CDs em shows por todo o país. “Nossas letras são um tanto subversivas, então isso dificulta um pouco as coisas. Se aparecer algum louco de um selo forte ou de uma gravadora nervosa, sentaremos para tomar uma e conversaremos sobre as possibilidades”, diz.
Entre os itens vendidos em suas turnês está a cerveja da banda, fabricada em uma cervejaria de Araucária pelo mestre cervejeiro Luciano Wenski. A ideia surgiu em 2011, após uma visita para conhecer o local. “Depois de termos tomado, cada um, uns cinco litros das cervejas mais deliciosas de nossas vidas, nossa produtora, que não tinha bebido, disse: Ei! Seria possível fazermos uma cerveja da banda? Escolhemos os aromas e os ingredientes e assim foi criada a Munich Dunkel Motorocker. Receita única e exclusiva”, explica Marcelus.
As conquistas
Expo Trade, 2011. Abrindo para a atração principal da noite, o lendário grupo inglês Iron Maiden, a banda curitibana fez 15.000 pessoas pularem e cantarem suas músicas. “O público esteve maravilhoso. Você abrir o show de um monstro sagrado do heavy metal e não ser, no mínimo, ignorado, é coisa rara. A equipe do Iron nos abraçou e elogiou muito nossa performance após o nosso show”, relembra.
A apresentação rendeu até uma nota no site do grupo inglês parabenizando os curitibanos. “O Motorocker abriu o show e foram realmente bem. Eles me lembraram muito do velho AC/DC e até fizeram um cover de ‘Let There Be Rock’. O público pareceu ter gostado muito. Uma banda espetacular ao vivo”, dizia o texto.
O grupo também participou de um CD Tributo ao Nazareth, organizado pelo guitarrista e fundador da banda escocesa, Manny Charlton. Com tantas conquistas, os planos da para 2013 incluem um novo trabalho. “Estamos esperando a captação de recursos do nosso projeto, que já foi aprovado, para finalizar o novo álbum”, revela.
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Tribute to Motorocker

Boa noite pessoal.
Esta é um blog feito em homenagem a uma das maiores bandas (se não a maior) do Brasil. Acompanho o Motorocker por muito tempo e sempre gostei do seu trabalho. A página será atualizada sempre que possivel com as noticias do Motorocker e muitas coisas interessantes. Pra comecar, um video de quando a banda nem era Motorocker ainda, se chamava Asko. Prestem atenção na cara do Marcelus e no apresentador que esta todo perdido.